O Poder Do Dinheiro
“Tudo que é óbvio ignoramos.”
O assunto abordado aqui é óbvio. Justamente por ser óbvio tende a naturalizar-se, vai tornando-se tão comum quanto respiração, e então dificilmente alguém pensa que precisa respirar, simplesmente respira.
“Não podeis servir a dois senhores, o Criador e Mamom…”
O dinheiro compra quase todos os nossos sonhos: o de adquirir uma casa própria, de realizar a viagem de nossas vidas, da criança obter àquele presente no aniversário… É impossível para nós imaginarmos um mundo sem dinheiro, uma representação simbólica de valor e poder. Pode-se transformar em quase tudo que se desejar. Dinheiro é Poder!
No contexto do capitalismo, o dinheiro tornou-se o sangue do sistema, ele é o princípio, o meio e o fim. Inicia qualquer negócio, o mantém e visa obter mais dinheiro ainda, uma roda viva imparável.
Observe: tudo é dinheiro! Acordamos cedo, vamos para o banheiro: água, toalha, papel, creme dental, perfume. Na cozinha: café, pão, etc. Tudo é dinheiro! O dinheiro é o poder concreto das ações do sujeito em relação a si mesmo, a natureza, o próximo e a sociedade em geral. Quanto mais dinheiro, mais poder de ação.
Status social, posições sociais por si mesmas não valem nada, só valem para ajudar o indivíduo a ter mais chance de ganhar dinheiro.
Alguns sugerem que o Dinheiro move o mundo, ou talvez as moedas correntes assessorem o ser humano como alavanca, para que possa se mexer e dar vida ao mundo. A olhos nus é necessário vislumbrar que cifras financeiras não têm vida própria. São as pessoas quem dão consciência às mesmas, fazem delas um amigo, ou até mesmo inimigo, aliado aos mais variados propósitos.
Certeza mesmo é o poder que o dinheiro exerce sobre a existência do humano. Poder sobre sentimentos de ódio, amor, respeito e fé. Organizações religiosas vendem por cifras altíssimas e consideram estar distribuindo o bem estar espiritual à custa de preço “justo”. Este valor é determinado pelo próprio fiel doador.
Políticos comercializam em campanhas eleitorais caríssimas a segurança pública a educação e lazer dos cidadãos. Seres humanos se casam e/ou se separam alegando amor, quando o objetivo verdadeiro era enriquecer. Crimes e outras muitas ações do mal aproveitam a oportunidade a partir de importâncias vultosas.
Riquezas, se bem instrumentalizadas, abrem e fecham possibilidades. O cuidado e atenção se focam no sujeito detentor das importâncias, que detém o propósito, circunstâncias e resultados das ações efetuadas. Os valores se transformam conforme o indivíduo interage com os mesmos. Poderão ser para fins construtivos ou destrutivos.
Se faz necessário a coisificação do dinheiro, sem classificá-lo, com adjetivos suspeitos, como bom ou mal. Ambas qualidades não correspondem ao significado real da espécie financeira envolvida. Dinheiro é necessidade, bem de recursos limitados, objeto de troca reconhecida. Todos precisam de valores materiais, pois apenas pelo ar que respiramos não se cobra coisa alguma.
Riquezas trazem felicidade e infelicidade, dependendo da dinâmica que se coloca na obtenção das mesmas. Fortuna é boa e ruim conforme a índole e conhecimento do indivíduo que detém sua posse. Dinheiro é meio instrumental e, portanto, exige sujeito racional para gerenciá-lo.
No livro ‘Pai Rico, Pai Pobre, o autor ensina o princípio do poder do dinheiro. O personagem tinha dois pais: um pai rico e um pai pobre. Certo dia o pai pobre disse para o mesmo: ”estude, procure um emprego e terá um bom salário”. Já o pai rico disse: “aprenda uma só coisa, como funciona o mundo do dinheiro e como ganhá-lo, se você se formar como médico por exemplo, vai trabalhar para os outros e pagar impostos para o governo, agora, se você ganhar dinheiro todos trabalharão para você, aí você cria uma fundação e deixa de pagar impostos para o governo”.
Dinheiro é bom. Proporciona possibilidades múltiplas, não podemos negar isto. A história de que dinheiro não traz felicidade é muito relativa. Porque o dinheiro te dá sim tranquilidade, segurança, conforto, ajuda a realizar sonhos. Tranquilidade financeira te faz focar em idéias, planos e projetos, sem a preocupação, sem a necessidade de focar tanta energia no trabalho. É verdade que não é o dinheiro sozinho que te permite experimentar a serenidade, o companheirismo, a amizade sincera, o grande amor, uma conquista pessoal bacana, entre outras coisas incríveis que estão aí no nosso caminho. Quando, no entanto, a vida financeira tá ‘sossegada’ é uma preocupação a menos e tempo a mais pra focar energia naquilo que não tem preço – mas valor.
Dinheiro é Poder $ Dinheiro é Energia!
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