O Carnaval começou com os blocos de rua e desfiles das escolas de samba no Sambódromo do Anhembi trazendo a animação de sempre, enquanto a Marquês de Sapucaí chega com seu abre-alas. Mas os quatro dias de folia, sem contar com o esquenta do pré-Carnaval e a saideira depois da Quarta-feira de Cinzas, podem deixar os foliões com uma bela ressaca – além da alcoólica, também financeira.
Dados do Instituto Locomotiva e do Question Pro mostram que 67,9 milhões de pessoas pretendem pular Carnaval no Brasil em 2024, de preferência em espaços públicos, de modo que sete em cada 10 planejam gastos extras durante o período.
Para aproveitar a festa mais popular do Brasil, também é preciso pôr a mão no bolso, mas os boletos vão continuar chegando. Depois disso, aliás, é quando o ano novo de fato começa.
“Todo mundo quer festejar muito. Tudo bem, desde que não afete as finanças, porque aí a folia pode acabar custando muito mais caro
Para que isso não aconteça, é necessário pensar na inteligência financeira, usando até a criatividade. Segundo a planejadora financeira da SuperRico, Taís Magalhães, o segredo é fazer as escolhas certas e organizar os gastos para não se endividar, usando o que se tem à mão. Isso vale para as fantasias e os adereços, mas também para viagens a passeios no feriado.
Confira os dez principais pontos listados pelos especialistas ouvidos pelo InvestNews para os foliões e quem fica de fora da tradição carnavalesca:
- Defina o quanto quer gastar no Carnaval
- Estabeleça valores dos gastos para cada dia
- Reveja o planejamento diário, se gastar a mais em algum dia
- Antecipe alguns imprevistos, como levar lanches de casa e capas de chuva
- Planeje o itinerário dos passeios, inclusive alternativos (casa de amigos, parques)
- Divida os custos com amigos e parentes, seja na folia ou para descansar
- Deixe o cartão de crédito em casa
- Se for vítima de golpe e furtos, informe ao banco e à polícia
- Pague em dia as contas que têm vencimento durante o Carnaval
- Evite levar objetos de valor aos passeios
Alimentos salgados, bebidas quentes e transporte caro
Também é preciso estar atento aos itens de consumo mais procurados durante a festividade, pois muitos subiram de preço. É o caso das bebidas alcóolicas em geral, que acumulam alta de 2,12% na inflação oficial ao consumidor (IPCA) em 12 meses até janeiro, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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A cerveja e o refrigerante tiveram aumento de mais de 5%, cada, no mesmo período, devido aos preços mais caros de commodities agrícolas, como milho e açúcar, usadas como ingredientes. Já as carnes caíram, em média, 9%. Porém, quando a alimentação é feita fora do domicílio, os pratos ficaram quase 5% mais caros.
Aliás, a alta de 1,38% do grupo alimentação e bebidas em janeiro foi o principal responsável pelo avanço de 0,42% do IPCA na comparação mensal, exercendo um impacto de 0,29 ponto porcentual (pp). Conforme o IBGE, foi o maior aumento para esse grupo, que tem o maior peso no indicador, para meses de janeiro de 2016.
Outro item que também tem influência no IPCA e que é um quesito importante para o carnaval é o transporte. Apesar da queda nos preços das passagens áreas em janeiro, de 15,22%, as opções de voos para destinos turísticos subiram, em média, 47,24% no carnaval do ano passado.
Segundo ela, também é interessante considerar outras opções de transporte para viagens mais longas, como carro ou ônibus. No caso do deslocamento dentro da cidade, utilizar metrô e ônibus para se locomover pode sair mais barato do que serviços por aplicativo ou táxis, já que as passagens do transporte público subiram menos que os combustíveis.
Fonte/Imagem: InvestNews/Internet