Enfrentamos uma nova realidade em termos de, como alocar o nosso capital, preservar a riqueza acumulada e desenvolver o nosso patrimônio.
Em um ambiente volátil e imprevisível como o que enfrentamos, reconhecer a necessidade de reduzir o risco e diversificar a sua riqueza são fatores-chave, para aqueles que procuram o desenvolvimento e a preservação do seu patrimônio.
Quando falo de redução de risco e diversificação, não me refiro ao conceito padrão utilizado pelo mercado, mas a uma forma atualizada e ampliada que inclui ativos financeiros e principalmente, alguns intangíveis.
Ocorre o reconhecimento de que a riqueza, resumida ao capital financeiro sozinho, não poderá fazer frente às metamorfoses do mercado e a instabilidade econômica.
Neste cenário de constante instabilidade e mudança, a renovação e sustentabilidade da riqueza acumulada dependerá da formação de um patrimônio, que contabiliza os ativos tangíveis, mas inclui o capital humano e social de um indivíduo, família ou organização, como fatores-chave.
Como capital social entende-se a qualidade das conexões desenvolvidas, redes de relacionamento construídas, imagem pública acumulada e a responsabilidade social reconhecida. Em outras palavras, o capital social indica o alcance da sua reputação e sua capacidade de acessar novos recursos.
O capital humano considera a qualidade do seu conhecimento, o investimento em educação, as experiências acumuladas e as competências desenvolvidas. Em outras palavras, o capital humano indica o seu potencial competitivo.
Enquanto a riqueza permanece associada a abundância imediata de dinheiro e bens materiais. O conceito atualizado de patrimônio inclui a acumulação de recursos financeiros e bens, mas também, valores intangíveis como, reputação, relacionamentos, influência e conhecimento.
O patrimônio de um capitalista moderno se diferencia da sua riqueza, enquanto incorpora elementos de renovação e de sustentação, como o nível de influência desenvolvido, a qualidade reputacional construída e o investimento em novos conhecimentos e inovação.
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A formação de um patrimônio é gradual e sua construção demanda planejamento financeiro estratégico, diversificação de investimentos e tempo. Por outro lado, a riqueza, de forma isolada, se refere a posse significativa de recursos financeiros e bens, contabilizada em um certo período.
Compreender esta distinção entre patrimônio e riqueza pode ter um impacto significativo na nossa percepção do bem-estar financeiro e orientar a nossa abordagem no sentido de alcançar a verdadeira uma prosperidade sustentável, que se desenvolva ao longo de gerações.
Embora ser rico possa trazer conforto e luxo temporários, pode não garantir segurança financeira duradoura ou um legado.
Não são poucas as histórias de riquezas fabulosas, extintas na mesma velocidade em que foram amealhadas. Entre as principais razões estão as mudanças de mercado, inovações, conflitos sucessórios e societários, alavancagem financeira, passivos fiscais, trabalhistas e fraudes.
Fatores históricos de risco
Segundo dados do IBGE – 75% das empresas familiares brasileiras, fecham após serem sucedidas pelos herdeiros e apenas 7, em cada 100, chegam à 3ª geração.
Conforme o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) – empresas com faturamento acima de R$ 48 milhões por ano, costumam se extinguir com 34,7 anos de existência.
Fonte/Imagem: InvestNews/Internet